sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

começo a correr.
corro, corro, corro.
sinto-me bem, corro para avançar.
creio que estou mais do que ontem.
mas estou a correr em círculos e se estou a correr em círculos, não ando mais do que a recalcar o mesmo caminho sempre, e sempre.
onde está o avanço se o caminho é o mesmo?
onde está a evolução se não saio do mesmo sítio?
se há caminhos não físicos - que os há - então eu posso correr por ai.
posso correr dentro de mim, apesar de fisicamente estar a correr em perfeitos e geométricos círculos.
são ou serão estas as corridas que me darão mais, me mostrarão mais.
agora se correr em círculos mentais, ai, provavelmente, não sairei, realmente, de sítio algum, e perderei-me para sempre num longo caminho ausente de indicações e orientações.
apesar de tudo continuo a correr, muitas das vezes sem saber por quais dos círculos estou, nalgum hei-de estar, mas logo que não se torne uma constante não faz mal, pelo contrário, é bom.
é bom por vezes parar, respirar - mesmo que isso signifique estar a correr num círculo - para darmos tempo a nós próprios para o amanhã.

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