quarta-feira, 21 de abril de 2010

Gostava de ser muito daquilo que não sou. Falo, claro de alguns aspectos da minha personalidade e da minha vida que gostaria de poder modificar permanentemente, mas tenho consciência que isso não é completamente possível, e se fosse, o mais certo seria eu querer voltar a ser aquilo que tinha sido, e se não tivesse experimentado essa realidade, (caso esqueça uma verdade por a mentira fazer-me sentir melhor), procuraria outra, aqui ao lado, ou do outro lado do mundo. É indiferente, a questão que se coloca, ou melhor, que eu coloco é que não estou contente comigo mesmo e porquê? Eu já sou responsável pelos meus actos, logo sou eu que tenho todo o poder da minha vida, sou eu que controlo o quer que seja que se passa com a minha vida! Seria tão simples se assim fosse, que eu, e só eu, pudesse controlar o que estou a fazer neste preciso momento, e por consequência o que vou fazer a seguir. Fosse eu o dono da minha existência. Se assim fosse não existiria como ser humano, não saberia o que era sentir, não sentiria tristeza, porque ninguém gosta de tristeza (será mesmo?), e por não sentir tristeza não sentiria alegria, e não sentir é o oposto, a meu ver, do que é ser Humano. E quem não sente não é, logo tenho que me conformar com a máxima de não ser capaz de controlar tudo o que me afecta. Teria que ser um Deus, qualquer que fosse, e mesmo esses sentem, segundo dizem.

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