domingo, 4 de abril de 2010

Se tudo já foi criado e recriado, se já não há nada de novo para descobrir, que raio andamos nós a fazer? A falta de credibilidade que dão a quem não tem décadas acumuladas como se fossem multas de estacionamento é algo que não tem justificação e já merecia uma remodelação. Se toda a gente pensasse assim provavelmente ainda acreditaríamos que a Terra é o centro do Universo e que não existem seres que os nossos olhos não conseguem ver a olho nu. O "pensar fora da caixa" é tão necessário para a evolução da espécie humana como é a água para os peixes. Mas como é óbvio preferimos as respostas rápidas e o não é sempre mais fácil que um sim, porque corta o mal ou o bem pela raiz. Se eu acreditasse que já não há nada de novo que eu possa fazer não estaria, constantemente, a tentar evoluir, a todos os níveis, e satisfazia-me com um simples emprego que não acarretasse qualquer importância e mais importante não exigisse nada de mim. Se eu acreditasse que estamos destinados a copiar o que já foi feito provavelmente estaria já morto, por que a incerteza e o não-saber são as coisas mais preciosas que nós temos, porque quem tudo sabe não é humano. O saber que ao fazer x posso vir a descobrir y que por sua vez me poderá levar a questionar o z, permite-me sorrir, neste preciso momento, como se tivesse descoberto uma nova pólvora, por que dá-me certezas que continua a haver caminho para calcar e recalcar, com ou sem sandálias, tal e qual jesus, noutros tempos, ou em tempos nenhuns, sabe-se lá.
A criação deve ser maior que o Universo, ou então não, deverá ser mais uma fita de Mobius, sei lá, eu não sei nada de nada, tudo o que digo são mentiras disfarçadas.

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