domingo, 21 de fevereiro de 2010


Hoje sinto. Não quero com isto dizer que é coisa boa, nem que é coisa má. Sentir já é suficiente, mesmo sem qualificar o sentido. Isto faz-me lembrar a poesia de Alberto Caeiro. Não me identifico com tudo o que escreveu, mas a forma como falava das coisas, da natureza, do ser só por ser, isso faz-me sempre esboçar um sorriso, por mais pequeno, ou insignificante que pareça, não o é. A sua poesia leva-me por viagens inimagináveis, viagens essas que não são mais do que eu tentar sentir, à minha maneira, o que escrito está, tentar sentir o calor da tarde de verão, ou a textura duma pedra, ou até mesmo imaginar-me a olhar e a tocar as flores.
A natureza é uma das coisas que mais feliz me faz, talvez pela sua essência etérea, pura, pela sua indiferença à minha existência, não sei, apenas sei que a sinto.

Sem comentários:

Enviar um comentário