quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

"Não é o medo da Loucura que nos vai obrigar a hastear a meio-pau a bandeira da imaginação" , já o dizia André Breton em 1924 aquando do primeiro manifesto surrealista, escrito por ele.
Muitos temem-na, e eu questiono-me por que motivo o fazem. Eu não a temo, eu não tenho medo de enlouquecer, porque se a loucura está em mim não a vou sentir, ou melhor se estou louco a loucura está tão enraizada em tudo o que faço, penso e digo que nem sequer, por escassos minutos, saberei que se trata da loucura e não de outra coisa. Não será como se dum vírus se tratasse, que me estivesse a corroer e eu soubesse. A loucura seria não mais do que um estado de espírito constante, bem mais sortudos, os que a tiverem, do que os que são bipolares, que esses, coitados, de constante nada têm. Ser louco é, acredito, um rótulo, mais um que circula na boca do povo, que o usa e atribui a todos os que se desencaixam do que, para eles, é o normal.
Por não temer a loucura nunca a vou experimentar, pelo menos não em toda a sua extensão.

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