terça-feira, 2 de março de 2010

Um, dois três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez. Tenho saudade do tempo em que contava a minha idade com os dedos das mãos, e não conseguia completar as duas. Lembro-me, especificamente, de ter oito anos, e ver que os dez já estavam tão perto, eram só mais dois dedo, só mais dois.
Agora vou a caminho dos dezanove, vou completar a sua volta às mãos e já começo a não achar tanta graça à coisa. Não me estou a queixar da idade que tenho, e que deus me livre de voltar a ser criança, mas apenas o tempo agora parece mesmo andar mais rápido do que andava.
Já me dizia a minha mãe que chegando aos vinte o tempo não para, mas eu ainda vou para os dezanove e já acho isso. Nem quero ver como vai ser depois.
As recordações da infância que se encontram perdidas num fim de corredor que não tem fim, estão esfumadas, como uma pintura a óleo renascentista, ou como um esfumado de pastel seco. Não existe lugar melhor para guardar o quer que seja que a nossa memória. Ela é bem mais pura que os nossos olhos, que são corruptos, não propositadamente, mas são. As recordações, ai recordações que me corroem tantas vezes, mas que, por tantas outras vezes me deixam em belos momentos, sozinho, mas bem acompanhado.
Minhas belas reminiscências.

1 comentário:

  1. como eu te entendo. em pequenina passei os melhores momentos da minha vida...! é pena não poder vivê-los outra vez, mas podemos recordá-los de várias formas :)

    quanto ao alive! não há escapatória, TEMOS MESMO DE IR :DD

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